sexta-feira, 12 de março de 2010

Ultima Noite

“O amor de mãe por seu filho é
diferente de qualquer outra coisa no mundo. 
Ele não obedece lei ou piedade, 
ele ousa todas as coisas e extermina 
sem remorso tudo o que ficar em seu caminho.”
Agatha Christie

Minha mãe não é a mais amorosa, mas sempre que estou com problemas sei que esta orando por mim, não me liga todos dias contudo tenho certeza que muitas vezes perdeu o sono por preocupar se com minhas dores de cabeça. Minha mãe é de origem pobre e italiana, tem todos os costumes italianos rurais, minha avô é uma camponesa mediterrânea purinha (minha sobrinha herdou seu gênero estereotipado italiano), mas o que mais admiro nesta lutadora que não olha para opinião banal da sociedade , todavia mante uma classe mesmo sendo uma garota criada na zona rural , tinha costumes de pegar no cabo da enchada pelas manhãs para depois ir para escola, mesmo assim se tornou uma das mulheres mais eruditas que já conheci nesta vida, gosta de ler, arte, musica, esportes, tem um otimo gosto e  por muitas vezes vi ela assumindo a posição de consultora de estilo para suas amigas,  sabe se comunicar bem, quem não convive com ela pensa que é calada, derepente com o tempo depois de lhe estudar desenvolve uma boa amizade, aprendi ser amigo com esta mulher, sincero e anfitrião, minha mãe se chama Divina e é minha Diva eterna, sou seu fã mãe.
O que mais a desgostava era quando associavam seus êxitos à condição de mulher. 
Ao assumir a chefia do governo de Israel, no dia 17 de março de 1969, 
perguntaram a Golda Meir em uma entrevista coletiva: 
como a senhora se sente sendo mulher primeira-ministra?" 
respondeu: "não sei, porque nunca fui homem primeiro-ministro". 
Golda Meir

Malcolm X
 
Com uma trajetória marcada por uma oratória espetacular, posições sempre polêmicas e uma inegável disposição militante, Malcolm X é um símbolo da luta contra o racismo e da necessidade de compreendê-la integrada à luta anticapitalista. Uma compreensão, lamentavelmente, cada vez mais rara no movimento negro que, majoritariamente, acredita na possibilidade de “reformas” no capitalismo para beneficiar a população negra.
 
Nascido em 19 de maio de 1925, com o nome de Malcolm Little, o futuro líder teve uma infância e juventude comum entre os jovens negros da época. Em 1929, o garoto viu sua casa ser incendiada por racistas; dois anos depois, seu pai, Earl Little, pastor e ativista negro, foi encontrado morto, atropelado por um bonde, em um episódio provocado pelos grupos supremacistas brancos.
 
Poucos anos depois, em 1939, o jovem Little assistiu sua mãe ser levada para um sanatório depois de um colapso nervoso. Nos anos seguintes, ele passou por várias instituições e famílias adotivas, trabalhando nos mais diversos empregos. Foi engraxate, lavador de pratos, garçom e trabalhador braçal na rede ferroviária.
 
Daí para a marginalidade não foi um longo passo. Vivendo em Nova York, onde assumiu o apelido de Big Red, Malcolm envolveu-se com tráfico de drogas, prostituição, contrabando de bebidas e todo o tipo de trambiques. Um currículo que acabou levando-o para a prisão, em 1946, onde permaneceu por mais de seis anos, até meados de 1952.
 
Foi dentro da prisão que ele se converteu para o grupo Nação do Islã, adotando, em 1953, o nome Malcolm X (o “x” significando a perda de seu nome africano e a imposição de um sobrenome dado pelos escravocratas do passado) e tornando-se rapidamente um dos principais oradores da organização. Sua importância para a Nação do Islã pode ser medida pelo crescimento da entidade. De sua entrada até 1963, o grupo saltou de 500 para 30 mil membros.
 
Em 1959, um ano depois de ter ser casado com Betty Shabazz, Malcolm visitou o Oriente Médio e a África, em uma viagem que marcou profundamente seu futuro e suas posições políticas. Em 1964, a descoberta das falcatruas e problemas morais do principal dirigente da Nação do Islã, Elijah Muhammad (que usava de seu prestígio para assediar sexualmente várias mulheres do grupo) fez com que Malcolm rompesse com a Nação e fundasse uma nova organização, a Muslim Mosque (Mesquita Muçulmana).
 
Pouco depois, Malcolm X fundou a Organização da Unidade Afro-Americana (OAAU, na sigla inglesa), um grupo político laico, que refletia sua crescente aproximação com setores não-religiosos da luta anti-racista, entre eles, muitos estudantes, sindicalistas, militantes comunistas e socialistas. Uma tendência que havia ficado particularmente evidente em abril de 1964, em uma carta sobre sua viagem à Europa, à África e à cidade de Meca. Depois de entrar em contato, pela primeira vez, com ativistas e militantes de diversas culturas e etnias, Malcolm escreveu que, durante sua peregrinação, havia encontrado brancos que lhe deram uma nova e positiva perspectiva sobre as relações raciais. O impacto dessas viagens foi tamanho que Malcolm até mesmo passou a assinar sob um novo nome, El-Hajj Malik El-Shabazz.
 
Nos meses seguintes, a perseguição por parte dos conservadores e da direita e as divergências com a Nação do Islã aumentam na mesma proporção de suas atividades e palestras. Sua posição pública sobre o direito dos negros praticarem a autodefesa armada servia de argumento para violentos ataques da imprensa, da burguesia branca e, inclusive, de outros grupos anti-racistas. O clima de tensão ficou evidente em 14 de fevereiro de 1965, quando sua casa foi bombardeada.
 
Uma semana depois, no dia 21, Malcolm foi morto, aos 39 anos, com vários tiros, quando iniciava um discurso na sede nova-iorquina da OAAU. Logo após, três membros da Nação do Islã foram presos, acusados pelo assassinato. Nos anos que se seguiram, as evidências sobre a participação de órgãos federais, como a CIA e o FBI, não pararam de surgir.
 
Próximo de sua morte, em uma de suas palestras, Malcolm fez uma afirmação que em muito sintetiza sua luta e serve de legado: “Eu acredito que haverá um confronto final entre os oprimidos e aqueles que os oprimem. Eu acredito que haverá um confronto entre os que querem liberdade, justiça e igualdade para todos e aqueles que querem dar continuidade ao sistema de exploração”.

Do racialismo ao anticapitalismo

Em boa parte da vida, Malcolm, apesar de ver o “sistema” como principal inimigo, não compreendeu a necessidade da unidade classista também na luta anti-racista, vendo praticamente todos os brancos como inimigos em potencial. Apesar disso, diferentemente de muitos líderes da época, jamais acreditou na possibilidade de reformar o sistema e muito menos de derrotá-lo por vias pacíficas, como acreditava Marther Luther King, por exemplo.
 
Defendendo que a luta contra o racismo deveria se dar “de qualquer forma que fosse necessária”, Malcolm foi, aos poucos, adquirindo uma consciência mais internacionalista e classista. Não só saudou a luta pela independência na África, como apontou a Revolução Cubana como parte da “rebelião dos oprimidos contra os opressores”.
 
Esta compreensão fez com que, ao final, Malcolm identificasse o principal responsável pelo racismo: “O capitalismo costumava ser como uma águia, mas agora se parece mais com um urubu, sugando o sangue dos povos. Não é possível haver capitalismo sem racismo”.
 
A Nação do Islã, mantendo sua visão “racialista”, bandeou-se para uma espécie de conservadorismo negro e hoje é dirigida por Louis Farrakan, defensor do “empoderamento” dos negros nos marcos do capitalismo. Uma trajetória que pode se repetir com qualquer entidade do movimento negro que não adote um perspectiva radicalmente anticapitalista ou que seja conivente com o sistema.
 
 

quarta-feira, 10 de março de 2010

Dias de pouca coragem

Hoje estou naqueles dias nada criativo cheio de trabalho para variar porem, contudo, nada criativo. Lembrei ate de uma estorinha de quando era pía, nós tinhamos uma secretaria que era também nossa bába, só que ela arrumava a casa rápidinho e ia direto para frente da tv, prostava-se na frente do aparelho de imagens, eu ficava irado pois queria assistir meus desenhos animados e ela me mandava voltar para meus cadernos de desenhos e ficar no meu quarto por la e quieto. Ficava irado com a situação e consternado, como sempre fui ardiloso, ficava quieto mas arquitetando uma estrategia para ir contra esta aspone.

Mais um dia e ela lá em casa fazendo o seu trabalho, numa velocidade que ficavamos encabulados, tudo bem, a rotina era a mesma todos dias. Ate que um dia fiquei irado, fui direto para sala de estar da casa em direção da televisão enquanto ela arrumava casa e arranquei os botões de controle da tv (era 1980, não tinhamos controle remoto na época) e os escondi na dispensa nos sacos de arroz (na epoca nossas dispensas mais parecia um celeiro). Ela ficava irada, e morria de raiva, mostrei mais uma vez para ela quem mandava na casa se por acaso ela queria em algum momento vez seus programas teria de passar por minha decisão.

segunda-feira, 8 de março de 2010

O Louco

 

Foi no jardim de um hospício que encontrei um jovem de face pálida e formosa, cheia de espanto. Sentei-me no banco ao seu lado e perguntei - lhe: “Por que está aqui?”.

E ele olhou - me, admirado, disse: “É uma pergunta indiscreta; contudo, vou responder-lhe”. Meu pai queria fazer de mim uma reprodução de si próprio; o mesmo queria meu tio. Minha mãe pretendia fazer de mim a imagem de seu ilustre pai. Minha irmã considerava seu marido marinheiro como exemplo perfeito que eu devia seguir.

Meu irmão achava que eu tinha que ser como ele, um excelente atleta.

E meus professores também, o lente de filosofia, e o professor de música, e o de lógica, cada um queria que eu não fosse senão o reflexo de sua própria face.

Desta forma, vim para este lugar. Acho mais são aqui. “Pelo menos, posso ser eu mesmo.”

Depois, subitamente, virou - se para mim e perguntou: “Mas, diga - me, o senhor também foi trazido a este lugar pela educação e o bom conselho?”.

E eu respondi: “Não, eu sou um visitante”.
E ele disse: “ah, o senhor é um daqueles que vivem no hospício do outro lado da muralha.”.
Gibran Khalil


Pessoal mais uma semana e os terromotos assolam o globo, como todos sabem o Haiti e o Chile sofreram com os deslocamento de placas tectônicas, e agora chegou a vez da Asia juntamente com a Turquia tremer, mas graças a D'us não houve tantos problemas quanto os paises latinos.



Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto , você não deve entregá-lo á ninguém , nem mesmo a um animal. Envolva o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro , sem movimento , sem ar – ele vai mudar. Ele não vai se partir – vai tornar se indestrutível, impenetrável , irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e pertubações do amor é o inferno.

C. S. Lewis
em “Os quatro amores”



domingo, 7 de março de 2010

As múltiplas formas de inteligência


 
As múltiplas formas de inteligência


Descubra qual é a sua inteligência principal e acerte na escolha de sua vocação.
A palavra inteligência tem a raiz leg - do verbo latim lego,- ere, quer dizer juntar ou conectar (lembra do brinquedo Lego?). É a ciência ou capacidade de ligar internamente o que é captado. Reconhecer a sua inteligência principal, dentre as outras que possuímos, vai ser muito útil para ajudá-lo a acertar na escolha do seu emprego ou área preferencial de trabalho. Howard Gardner, professor de Harvard, vem desafiando a tese da inteligência única e propôs a existência de inteligências múltiplas. Confira abaixo algumas delas:
Inteligência linguística ou verbal - Manifesta-se no uso das linguagens verbal e escrita para convencer, transmitir informações ou simplesmente agradar. (Atores, poetas, jornalistas, professores, advogados, locutores, etc).
Inteligência Lógica-Matemática - Relaciona-se à capacidade de manejar habilmente o raciocínio matemático. (Engenheiros, cientistas, matemáticos, economistas, etc).
Inteligência Musical – É, provavelmente, o dom que surge mais cedo, pelo talento musical (maestros, compositores, artistas, cantores, etc).
Inteligência Corporal-Cinestésica – Capacidade de coordenação motora utilizando o corpo inteiro ou parte dele. (atletas, cirurgiões, artesões, dançarinos, cabeleireiros, etc).
Inteligência Espacial ou Visual – Capacidade de compreender o mundo visual e formar modelos mentais e operar com eles. (navegadores, médicos, pintores, arquitetos, estilistas, pilotos, etc).
Inteligência Naturalista Ecológica – Sensibilidade para compreender os padrões da natureza. (ambientalistas, arqueólogos, ecologistas, etc).
Inteligência Interpessoal – Compreensão das outras pessoas e suas motivações, possibilitando ainda inferir seu estado de ânimo e intenções. (pais, religiosos, professores, vendedores, psicólogos, etc).
Inteligência Intrapessoal – É a capacidade de formar um conceito verídico sobre si mesmo, ou seja, o autoconhecimento. Permite o acesso à sua intuição, sentimentos, aspirações e emoções para reorientar sua atitude e comportamento. Diria que é a mais importante das Inteligências. (líderes, gurus, conselheiros, filósofos, mentores, etc. Enfim, pessoas que encontraram sua vocação na vida e realizaram ou estão realizando seu verdadeiro potencial).
Um exemplo deste tipo de inteligência é o Pelé. O rei do futebol tinha como inteligência predominante a corporal-cinestésica; tinha também a verbal e a interpessoal. Porém, o que fez Pelé ser “o Pelé” foi sua inteligência intrapessoal, que o capacitou separar o ídolo Pelé da pessoa física Edson. A inteligência intrapessoal deu a ele o discernimento de inclusive pendurar as chuteiras na hora certa.  Ou seja, isto é o autoconhecimento (aquela palavra de novo!).

Por Robert Wong (autor dos livros “O Sucesso Está no Equilíbrio” e “Super Dicas para Conquistar um Ótimo Emprego” e um dos palestrantes mais inspiradores e requisitados do mercado)

sábado, 6 de março de 2010

DESABAFO DE UM BOM MARIDO

"Quando as pessoas abrem suas 
mentes de fato e contemplam 
a maneira como o universo está ordenado 
e como é regido, espantam-se e são invadidas 
por uma sensação de milagre. 
Santo Agostinho"
 

DESABAFO DE UM BOM MARIDO
Luís Fernando Veríssimo


Minha esposa e eu sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai às compras.


Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina de fazer pão elétrica.

Então ela disse: 'Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar'.
Daí comprei pra ela uma cadeira elétrica.


Eu me casei com a 'Sra. Certa'. Só não sabia que o primeiro nome dela era 'Sempre'.


Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.

Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha.

Ela perguntou: 'O que tem na TV?' E eu disse 'Poeira'.


No começo Deus criou o mundo e descansou.

Então, Ele criou o homem e descansou.

Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem o Mundo tiveram mais descanso.


Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo. Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes, o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais importante para mim. Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer.

Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa.

Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dente e lhe entreguei.
'- Quando você terminar de cortar a grama,' eu disse, 'você pode também varrer a calçada.'

Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida'.


'O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido...
 

sexta-feira, 5 de março de 2010

Força e vontade

"Quem não tem uma causa pela qual morrer não tem motivo para viver."

Martin Luther King Jr 


 Galera gostaria de agradecer hoje a turma de Administração de 2009, como todos sabem meu primeiro ano como professor foi o que passou com isso, esta turma foi a minha primeira, nós aprendemos juntos em varios momentos, me dividi em duas disciplinas e ainda orientando o trabalho de conclusão de curso (plano de negocios). "Paciencia e Aceitação", foi nossas palavras de convivio, obrigado por deixar o rapaz com cara de burguês e tom de voz soberba mostrar seu carater, e por vcs coexistirem comigo, me deixando orienta-los para o mercado empressarial.

Por varias vezes vcs me pediam para relaxar, pegar leve, parar de tortura-los,  não ser carrasco, mas tudo que fiz foi para aperfeiçoa-los, derramar em nossa cidade melhores profissionais, eficientes em suas tarefas no mercado brasileiro, que tenham visão sistêmica e analitica, para que vcs meus queridos alunos não sejam mais algum tipo de boneco manuseado pelo governo e ou mensagens de persuassão de massa, tenho certeza que terão opinião propria e conseguirão traçar sua proprias estrategias administrativas. Parabens paras vcs hoje e sempre, do professor e amigo Cirisley. Maztov.


PARA ENTENDER O HAITI

Onde fica?

O Haiti divide uma ilha (Hispaniola ou Ilha de São Domingos) no Oceano Atlântico com a República Dominicana, entre a América do sul e a América do Norte. Trata-se de um país de território equivalente a um décimo da área total do Estado do Piauí.

Qual sua história?

Cristovão Colombo chegou por lá em 1492, ficando a ilha sob julgo da Espanha inicialmente e depois da França. A independência do Haiti foi reconhecida somente em 1825. No período seguinte a vida política do lugar foi marcada pela instabilidade e subserviência aos interesses de outros países. Em 1915 o Haiti é invadido pelos Estados Unidos que entrega o país em 1957 o Papa Doc (François Duvalier), que fica mundialmente reconhecido pela truculencia do seu governo e a violencia contra seus opositores. Baby Doc, filho de Papa Doc é igualmente violento e substitui o pai até 1986, sendo expulso do país sob pressão de mobilizações populares. Em 1990 Jean Bertrand Aristide (religioso progressista e de esquerda) é eleito e deposto no ano seguinte.
Entre golpes, ditaduras e um ambiente similar ao de uma guerra civil permanente o pequenino Haiti chegou aos dias de hoje. Estão presentes lá tropas da ONU, com destaque para as Forças Armadas brasileiras (7.000 homens desde 2004, sendo pouco mais de 1000 na região do desastre). Chama-se MINUSTAH, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti instituida pelo Conselho de Segurança da ONU juntamernte com um Bloqueio Internecional.

Quem vive no Haiti?

O povo (pouco mais de 8 milhões) é em sua maioria negro, os idiomas são o francês e o crioulo e a religião oficial é o catolicismo. Eles produzem açúcar de boa qualidade e alguns produtos agrícolas. São, quase na sua metade, analfabetos. São mais pobres do que os afegãos. Em sua maioria são urbanos e habitantes da região costeira.

Qual a natureza do desastre ocorrido?

Na última sexta-feira (12/01/2010) terremotos fortíssimos ceifaram um número gigantesco de vidas no Haiti. Na verdade dois tremores secundários de 5,5 e 5,9 na escala Richter e um maior (o principal) de 7,3 pontos na mesma Escala são responsáveis pelo estrago. A mídia noticia mais de 100.000 mortes, mas o número pode variar bastante.
Terremotos como estes acontecem porque as placas tectônicas que formam a crosta terrestre se movimentam constantemente e isso provoca movimentos (variados e permanentes) na superfície, um movimento mais forte e sentido na superfície é que é o tremor ou terremoto. Em locais como o Haiti, que fica em cima do encontro entre a Placa Tectônica do Caribe e Placa Tectônica Norte-Americana, isso é mais constante.

O que fazer?

Em primeiro lugar não é possível impedir terremotos e sim prevê-los. Quando muito é possível (e já existe tecnologia para isso!) optar por construções adaptadas a regiões onde acontecem terremotos com mais freqüência. Importante também traçar planos de evacuação de cidades e regiões, para que se ganhe tempo e poupe vidas quando estiverem previstos os terremotos. Isso não é simples em um país pobre e politicamente frágil como o Haiti.
Diversos países e organizações internacionais estão enviando ajuda nesse momento para o Haiti. Mas é preciso que se garantam as condições políticas e financeiras para aquele povo construir suas próprias vidas, para que façam seu próprio destino.