quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Homenagem para Dun Dun

"A vida tem suas maneiras de nos ensinar.
A vida tem suas maneiras de nos confundir.
A vida tem suas maneiras de nos transformar.
A vida tem suas maneiras de nos deixar atônitos.
A vida tem suas maneiras de nos machucar.
A vida tem suas maneiras de nos curar.
A vida tem suas maneiras de nos inspirar"
( Y tu mamá también - 2001 - Alfonso Cuarón, México)








 Caso 01:
Hoje eu queria ser um cara mau, daqueles brucutu mesmo, que vive dando más respostas, quebrando tudo que vem pela minha frente. As pessoas poderiam olhar pra mim e tremerem ao falar comigo, mas pelo contrario mais pareço mais um anjo, meio depenado é claro. E é verdade, tenho ate umas estorias sobre isto, certa vez uma recepcionista da academia qual frequento, ha algum tempo atras como outras pessoas,  me afirmou dizendo que tenho uma energia de um ser limpo, que ate pareço estar brilhando (não é atoa que algumas pessoas me chamam de Estrelo, mas não vem ao caso esta historia), segundo a recepcionista que era uma sensitiva espírita quando eu entrava na academia ela sentia coisas boas fluindo de mim, e sentia vibrações positivas muito fortes e quando ela me falava isto ficava rindo e meio sem graça.

Caso 02:
Certa vez fui numa casa de uma mulher de oração, que entrava em  um certo tipo de transe falando com S'nhor e falava na língua dos anjos, fui por que meus amigos estavam indo com certa frequencia na casa desta mulher muito modesta por sinal, mas eles são pessoas boas, senti me ate bem, porem estava meio apreensivo para ver o que ela teria pra falar comigo, por que entregou para  cada um dos meus colegas algumas mensagens advindas do S'nhor e queria saber o que o S'nhor teria para me dizer por intemedio dela. Bem a mulher tenho de ser sincero era uma sensitiva evangelica mesmo uma que como os outros sensitivos ela notou algo especial em mim (pra ser sincero não sei ate hoje, o que tenho de especial, só se for minhas loucuras) e falou isso na frente de meus amigos e disse que comigo não conseguia compreender a mensagem.
Caso 03:
Sempre apos as aulas de educação física passavamos perto de uma cigana cega que todos falavam que via o futuro e sabia todos nossos sentimentos, alguns amigos meus mesmo foram  ate esta vidente e deixavam que ela visse suas emoções e anseios, detalhe a velha tinha uma boca porca feito a Dercy Gonçalves, acho que galera ia mais lá pelos palavrões, porem nunca deixei ela me tocar. Ate que um certo dia numa farmacia em que eu atendente e vejão só a piada e ia trabalhar todo dia de short na drogaria, devido ao calor excessivo desta cidade que ja morei, lá é quente demais, e o cara não importava com minha aparencia de surfista (cabeludo, queimado do sol, shorts, tênis e regatas) creio que era ate um marketing que utilizava mas isso não vem o caso hoje, um certo dia to lá no balcão final de semana na farmácia de plantão, quando é fé a desbocada da velha cigana tatiando ate chegar e adentrar. O chefinho muito político aproveitou do momento pra fazer graça com todos que estavam la dentro, pediu que a louca tocassem em todos e rasgasse o verbo sobre o que ela via, ria de um, ria de outro, mas quando chegou perto de mim fiquei meio avesso mas permiti que ela me tocasse e a senhora ao fazer deu um pulo pra tras dizendo que não era bom mexer comigo. Todos acharam estranho e ela foi embora sem graça, e todo mundo ficou me olhando como se tivesse deixado um vidro de tônico cair no chão, mas ninguem comentou nada.
Caso 04:
Quando eu tinha dois anos de idade minha mãe me via sempre brincar sozinho era comum ela me ver rindo e me movendo como se tivesse interagindo com alguem. Fui crescendo e um certo dia contei pra minha mãe por que ela não cumprimentava o Dun Dun (era o nome dele mesmo, rs), ela não via nada somente eu. Nós participavamos de um grupo de pessoas que cultivava uma horta comunitária pois moravamos num residencial fechado e a horta era meio longe da vila e sempre iamos de carro. 
Gente eu era um moleque chato pra caramba e só gostava do Dun Dun e de meus padrinhos (Mariana e Eli)  e um dia na horta bringuei com meu pai ele me pôs de castigo e minha família me deixou sozinho de castigo fora do carro e foram pra dentro da horta, como eles estavam demorando e eu não queria mais ficar la de castigo sem fazer nada fui atras deles. Acabei me perdendo no meio da mata e distanciei me todos, meus pais vieram e não me acharam perto do carro e a coitada da minha mãe entrou em desespero geral  (bizu pense num mulher contida em termos de emoções) ficou louca, assustada, totalmete atônita de medo, pois tinha um riacho por ali perto, foram todos me procurar e depois de duas horas e não tem me encontrado meu pai voltou pra vila para buscar ajuda, formaram grupos de buscas e foram atras de mim.
E para piorar a situação começou a chover, hoje imagino o quanto meus pais sofreram neste dia, coitados, e   deu 19h e nada de mim encontrarem e sol começa a se por, o medo deles é ampliado, com medo de ter acontecido o pior comigo. Bem, sei que no meio de minha jornada no meio do mato encontrei com  o Dun Dun e ele pegou  minha mão, fomos embora pra casa conversando e brincando o tempo todo, sei que lembro de termos escondidos na casinha de tratamento de agua por causa da chuva, e em nenhum momento não me lembro de ter chorado, sentido medo pois sabia que estava com meu grande amigo me protegendo o tempo todo. Aquele momento alias para mim foi uma brincadeira e quando ja estava entrando na vila ja pela noite senti alguem me agarrar por tras e levantar gritando e dizendo q me achou, e eu  ali chamando meu amigo imaginario nos braços do povo, pra vir conosco.
Quando entrei dentro de casa minha casa, avistei a minha mãe ja bem fraca, chorando e  num suspiro de alivio me abraçou fortemente perguntando onde eu estava. Disse que tinha sumido no mato e o Dun Dun me encontrou e estava me trazendo pra casa, e minha mãe neste momento começou achar que eu não era  um louquinho que brincava e falava sozinho e que o Dun Dun existia realmente. Sei que ela em seu coração agradeceu pela proteção do meu amigo, ela não compreende como isso aconteceu e os detalhes, mas sabe que ele estava presente mesmo, pois em nenhum momento apresentei medo e ja era 21h quando cheguei.

"Espero que você leve uma vida da qual se orgulhe. 
Ou que tenha força para começar tudo de novo"
(O Curioso Caso de Benjamin Button, 2008, Eric Roth )






Dun Dun se vc existe ou não o importante que pra mim vc foi real, minha mãe foi prova e ela lhe agradece ate hoje. Obrigado Amigão, bizu e quero deixar registrado foi ele que me ensinou a desenhar, pois enquanto meus irmãos brigavam e brincavam, nós ficavamos desenhando no meu quarto, valeu mais uma vez, e nos veremos outra vez concerteza.


"Querido, não existe resposta fácil para a sua dor. Acredite, se eu tivesse uma, usaria agora. Não tenho varinha mágica para fazer com que tudo fique bem. A vida custa um bocado de tempo e um monte de relacionamentos"
(YOUNG, W. P.; A Cabana)







2 comentários:

Nelson Soares disse...

Foi sem dúvida alguma uma das mais bonitas mensagens que já li pelos blogues... Sensibilidade, fluência e carácter. Muito bom.


Stay Well**

Cirisley Steinberg disse...

obrigadão Nelson