sexta-feira, 1 de abril de 2011

E DEREPENTE UMA HISTÓRIA DE AMOR

Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
Cecília Meireles



Era um dia como outro qualquer, estava no trânsito quando a Galbi me liga para me informar que  o visto da Parente havia sido negado para a sua viagem aos EUA, e que ela estava totalmente arrasada com a situação e chorava muito. A Garota queria ir para América do Norte para encontrar seu namorado novo/ antigo. Bom  para iniciarmos estorinha vcs teêm de conhecer alguns fatos. Tipo quem são os personagens um deles que tambem é o principe encantando dos EUA é o anão de Jardim (no decorrer ele receberá novos codinomes) que foi para este país em busca do sonho americano latino e digamos de passagem, ele é batalhador e conseguiu fazer um bom investimento com todo capital levantado por lá e capitalizado em sua cidade natal no Brasil e a princesa é a Parente garota que rala pra caramba sozinha em Brazolia como dentista e que por acaso me como amigo, que sem querer me formei com sua irmã Galbi.

Na infância da Parente antes mesmo dela me conhecer e aprontarmos feiuras e mexermos com todos no trânsito da Capital Federal, ele apaixonou se por um rapaz mais experiente que ela, tipo uns 7 anos a mais. Só que este rapaz não conhecia o xerife que esta garota teêm em casa (eu conheço a fera roncadora, é bravo mesmo, porém comigo, ele é um amigão), amasso vai e amasso vem, e o relacionamento do ajundante da branca neve (anão de Jardim, falei que teria outros condinomes) com a Parente ainda menina começa esquentar e os mesmo se apaixonam, e para ela é o primeiro amor. 

O que ela e o príncipe encantado montado em seu ponei branco e reluzente não esperavam é que o xerifão ficasse sabendo, pois bem este outro personagem é o pai da Parente, ele ficou sabendo não sei como por que agora não lembro direito, mas o homem ficou hiper mega plus raivoso, e com toda aquela barba, corpulento e ainda por cima com uma arma na cintura. Logo então o xerife colocou a Parente na parede e ameçou a garota. Mas como todos sabemos que quanto adolescentes adoramos enfrentar o perigo, ela nem alienou se com a situação mas começaram tomar cuidado e ficando sempre escondidos pelos guetos, nos cinemas, no escurinho das pracinhas e as vezes acobertados pelas irmãs da Parente (Loti e Galbi).

Xerifão é investigador e conhece muito bem as crias que alimenta, viu que a filha estava muito quieta, e  um coisa é certa nenhum dessas 3 garotas leva dessaforo pra casa e muitos menos aceitam  qualquer situação  sem retrucar (eu já  presenciei estas 3 irmãs brigando, sei muito bem, que elas não calam pra ninguem), o pai então totalmente desconfiado foi para campo para investigar, descobriu que o Leprechaun (*Os leprechauns são considerados guardiões ou conhecedores da localização de vários tesouros escondidos) e a Parente ainda estavão se encontrando. O mesmo foi atras do casal e alem de ameaçar o anão de jardim deu alguns tiros para assustar. E por um tempo deu certo ele sumiu mesmo, mas era muito amor entre eles e  ele voltou novamente a sondar a área e encontrar novamente com a garota.

Mas chega o momento onde a garota tem de sair da cidade pra ingressar na faculdade e ele pelo caminhos do destino embarca para EUA em busca do seu sonho. E desencontram toltamente por mais de 10 anos, sem ligação, sem cartas, nem email, ou seja sem comunicação alguma da epoca.

E quando é Fé, ele devolta a sua cidade natal em uma visita a sua família, e por acaso Parente na casa da sua  tambem e os dois sem veêm novamente pela ruas, e naquele instante totalmente sem propósito houve um flashback onde ambos viram todas suas cenas do passado, todas as aventuras, fugas, beijos, abraços, palavras, promessas, musicas, tudo caiu como onda de um tsunami sobre este casal. Apartir dai eles  moverão as linhas do destino pra saber como comunicarem um com outro  e foram pro encontro e agora  ja adultos e com toda uma bagagem iníciam um novo e amadurecido romance e sem xerifão para trocar tiros e ameaças.

Voltando ao presente e Parente chorando por não ter conseguido o visto, e a ligação da Galbi me contando toda a situação e que ja tinha uma ideia e precisava de mim pra concluir todo o planejado, através de um ideia do príncipe encantado montado em seu ponei la nos EUA ela me liga e me pede para comprar um buquê de flores e mandar para ela em nome do Leprechaun, pedi para ela olhar na internet e efetuar a compra que eu iria no local e pagava pra eles. Neste mesmo momento saquei que aquele não era apenas um  cara que estava vivendo um amor de impolgação da adolescencia e que poderia ser algo puro e verdadeiro, e ele disse que não é era a distancia ou tempo, e que nada e nenhuma barreira iria afasta-los novamente.

É, ainda existe amor...


A arte de ser feliz


Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.

Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.

Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.

E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.

Outras vezes encontro nuvens espessas.

Avisto crianças que vão para a escola.

Pardais que pulam pelo muro.

Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.

Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.

Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.

Ás vezes, um galo canta.

Às vezes, um avião passa.

Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.

E eu me sinto completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
 
 
Cecília Meireles
 
 

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom ver que você tá se arrumando, hehehe